sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Em tom de graça...

Uma certa universitária cursava o sexto semestre da Faculdade.
Como é comum no meio universitário, ela estava convencida de que era de esquerda e estava a favor da distribuição da riqueza.
Tinha vergonha de que o pai fosse empresário e consequentemente de direita, portanto, contrário aos programas socialistas e seus projectos que davam benefícios aos que mais necessitavam e cobrava impostos mais altos para os que tinham mais dinheiro. A maioria dos seus professores e alunos sempre defendia a tese de distribuição mais justa das riquezas do país.Por tudo isso, um dia, ela decidiu enfrentar o pai. Falou com ele sobre o materialismo histórico e a dialéctica de Marx, procurando mostrar que ele estava errado ao defender um sistema tão injusto e perverso como a direita pregava. Seu pai ouviu pacientemente, como só um pai consegue fazer, todos os argumentos da filha e no meio da conversa perguntou:
- Como é que está a correr a faculdade?
- Vou bem. - respondeu ela - A minha média de notas é 18, estudo muito mas vale a pena.O meu futuro depende disso, eu sei! Não tenho vida social, durmo pouco, mas vou em frente.
O pai prosseguiu:- E aquela tua amiga Sónia, como vai?
E ela respondeu com muita segurança:- Muito mal. A sua média é 6, ela passa os dias no shopping e namora o dia todo. Pouco estuda e algumas vezes nem sequer vai às aulas. Acho que ela até é meio burra. Com certeza, repetirá o semestre.
O pai, olhando nos olhos da filha, aconselhou:- Que tal se sugerisses aos professores ou ao coordenador do curso para que sejam transferidos 6 pontos das tuas notas para as da Sónia. Com isso, vocês as duas teriam a mesma média. Não seria um bom resultado para ti, mas, convenhamos, seria uma boa e democrática distribuição de notas para permitir a futura aprovação de vocês as duas.
Ela indignada retrucou:- Porra! Trabalhei muito para conseguir estas notas, enquanto a Sónia procurava o lado fácil da vida. Não acho justo que todo o trabalho que tive seja, simplesmente, dado a outra pessoa.
Seu pai, então, a abraçou-a, carinhosamente, dizendo:- BEM-VINDA À DIREITA!!!

Sem comentários: