Actualmente, muitos dos jovens preferem optar por estar longe da vida política do nosso país, ficando centrados na sua própria actividade social, no seu próprio "umbigo" muitas vezes descentralizados do poder que eles próprios sem o saber ainda tem. Porque todos podemos fazer a diferença, o que é diferente de estar à espera que alguém o faça.
Suponho que este facto se deve à orientação actual dos partidos políticos que não vai ao encontro dos interesses dos jovens. A má politica anda por aí. Acho que tenho vergonha de dizer isto… mas é verdade, e porque a nós ainda nos permitem ser assim, não tenho qualquer problema em assumir que este mundo de facto não é para todos, porque nem todos temos a capacidade de conseguir ser relutantes e obedientes na integra aos nossos valores e aquilo que nos ensinaram a ter de melhor na vida: a palavra!
Além disso, com o crescente individualismo que a sociedade actual está a causar nas gerações actuais e vindouras é previsível que tal situação se vá agravar ainda mais, e desculpem a falta de humildade, mas seremos nós, os jovens, a governar este país nos tempos futuros... por isso e porque os apelos se fazem em momentos de decrescente valorização da sociedade a JSD Viana do Castelo está de portas abertas para receber todos aqueles que tem algo a dizer, e que tal como nós querem contribuir para dar um rumo diferente ao nosso concelho, ao nosso distrito, ao nosso país!
Não precisamos de ser políticos, de facto, para o fazermos. Mas precisamos ser mais activos, mais interventivos, mais positivos.
A vida não se faz na crítica das intervenções despropositadas que apenas pretendem acender a luz do mediatismo.
Aquilo que pretendemos é mais do que criticar. É uma tentativa de ir mais além na busca daquilo a que temos direito, manifestando a nossa opinião em função daquilo que acreditamos e não daquilo que podemos ganhar com isso.
Não somos meninos de recados, nem cola cartazes, nem porta bandeiras. Temos opinião, somos civicamente formados e apenas queremos algo melhor para todos.
Decididamente faltam na política pessoas que tenham outras vivências, que não tenham dependências e que estejam nela a troco de nada. Caras novas, frases concretas, discursos correctos e um sorriso que apazigúe a agonia dessa palavra que entrou na vida de todos com um sem numero de sinónimos e que a nós nos deixa irrequietos pela instabilidade e incerteza que nos brinda a cada dia.
O nosso concelho, o nosso distrito, o nosso país precisa de gente que saiba fazer, mais do que de gente que saiba discutir e teorizar. Estamos fartos de gravatas coloridas e taillers bem cortados. Queremos caminhos traçados, podem até ser sinuosos mas desde que estejam sinalizados, todos somos livres de tomar as nossas escolhas. Queremos metas a cumprir, objectivos bem definidos e gente que saiba rever-se em gente como nós.
Chega de políticos que só falam, que não sentem as pessoas, que só aparecem para os bons momentos, para os discursos encomendados, as inaugurações fatelas cheias de fotógrafos, que prometem e na realidade não fazem NADA e quando fazem é à última da hora, pois vem aí nova eleição e é preciso fazer algo para adoçar a boca aos eleitores e tornar permanente a tinta da caneta com que votam.
Um político deve servir o povo e não andar a servir-se do povo. Uma pessoa para viver na política integramente tem de ser requerida pela imagem global e pela crença de se acreditar nela e naquilo que ela é capaz.
Se todos tivéssemos consciência de que ser político é um dever cívico, dado sermos parte interventiva numa sociedade onde é importante estarmos integrados, os jovens provavelmente mostrariam outro tipo de interesse em relação ao que é o generalizado actualmente. E, aí sim, poderíamos dizer que “temos gente”!
Porque acredito que se a política não se espelhasse na juventude de hoje, como assunto de pouco interesse, teríamos mais jovens de elevado valor a lutar a nosso lado por um país melhor. E, afinal de contas, é apenas isso que todos queremos… um país melhor, para podermos ter certezas, garantias, vontade de lutar sempre por mais sem depender de ninguém.
Estar na política não é uma escolha, é um dever, porque é obrigação do cidadão participar activamente no desenvolvimento da sua sociedade. Para os jovens, essa é a garantia que têm de poder contribuir para uma sociedade melhor, onde todos temos os mesmos direitos.
Não condeno quem continua a desacreditar na política. Afinal de contas, ainda existem malefícios, e pessoas mal formadas, mal intencionadas e cheias de pudor, que não se misturam, que não se medem, que não se olham ao espelho. Para esses, a política, ao contrário do que eles esperam, não lhes trará nada de bom no fim do trajecto; apenas a certeza de que não fizeram nada pelos outros tal como prometeram. E isso vai doer. Tem de doer. Porque isso sim é justiça!
Porém, acreditem que na política também há muita gente de valor, com tranquilidade espelhada naquilo em que acreditam, com verdade em cada acção e com sonhos de fazer algo mais pelos outros do que por eles próprios. Essa lealdade juvenil é algo que se encara como um propósito e é nessa lealdade de palavras e actos que quero acreditar para poder estar ao lado de causas em que acredito.
Não somos melhores porque somos políticos. Somos melhores, porque fazemos mais do que os que não fazem nada. E só por isso já vale a pena estar na política. Junta-te a nós. Vem fazer a diferença.